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CST da Moradia Popular debate loteamentos e conferências nas cidades

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A Assembleia Legislativa de em Mato Grosso realizou, nesta segunda-feira (21), a 11ª reunião ordinária da Câmara Setorial Temática (CST) da Moradia Popular. O encontro, requerido pelo deputado Wilson Santos (PSD), teve como pauta os loteamentos populares e as conferências das cidades.

Lideranças políticas e comunitárias participaram das discussões, que abordaram soluções urgentes para o déficit habitacional, que ultrapassa 100 mil unidades no estado. Também foram destacadas a necessidade de ampliar os loteamentos populares e de formular propostas concretas que garantam moradia digna à população de baixa renda.

Realizado na Sala das Comissões Sarita Baracat, o encontro foi conduzido pelo deputado Wilson Santos e também contou com a presença do senador Wellington Fagundes (PL) e de representantes de diversos bairros de Cuiabá.

“A Câmara Setorial Temática já ouviu várias autoridades e hoje é a vez do senador Welinton Fagundes. É muito importante que a população tenha conhecimento do que pensa o senador e também quais são os compromissos que ele assume com esse seguimento, assim como fez o senador Jayme Campos aqui há algumas semanas”, explicou Santos.

Na oportunidade, o deputado lembrou que a prefeitura de Cuiabá acabou de lançar o programa Casa Cuiabana, que abriu inscrição para milhares de casas que serão construídas. “Tenho informações que o número de inscrição já ultrapassou 60 mil, somente em Cuiabá. Então, contra fatos não há argumentos. Esses números falam por si. Os governos esqueceram a política habitacional, principalmente aqui na região metropolitana, em especial na Capital, que, nos últimos 10 ou 15 anos, não teve nem duas mil casas populares construídas. Então, há um déficit habitacional gigantesco”, ressaltou.

Foto: GILBERTO LEITE/SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Durante a reunião, o senador Welinton Fagundes destacou que a questão da moradia popular no Brasil é um tema preocupante e que merece ser melhor planejado. “É um assunto muito sério, por isso eu conversei com o deputado Wilson Santos e entendo que vamos escolher as melhores alternativas. Uma das saídas pode ser os recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A lei foi criada para isso, então acredito que tem que ser aplicado de acordo com a legislação, e, pelo que eu sei, 20% deve ser destinado para habitação e isso precisa ser cumprido” afirmou.

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Outro ponto destacado pelo senador durante a reunião foi relacionado às políticas governamentais voltadas à redução do déficit habitacional no estado.

“Olha, é por isso que uma comissão como esta, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, é tão importante: para discutir exatamente os melhores caminhos. Entendo que política habitacional não pode ser política de governo, tem que ser política de estado. Sugeri, inclusive, ao deputado Wilson Santos, que avalie a possibilidade de apresentar uma emenda à Constituição, prevendo a obrigatoriedade de os investimentos estaduais serem proporcionais ao déficit habitacional existente”, apontou Fagundes.

Para o presidente da Associação Comunitária de Habitação de Mato Grosso, Emídio de Souza, a falta de moradia em Cuiabá é um problema antigo, que se arrasta há vários anos sem solução.

“Eu sempre disse que, em Cuiabá, o problema da falta de moradia ultrapassa 70 mil casas. Temos que fazer um levantamento para, depois elaborar os projetos, e todos os loteamentos populares deverão seguir um plano que oriente as pessoas na execução das obras. Uma vez que o loteamento tenha matrícula, isso facilita até o acesso ao financiamento para construir a casa dentro do padrão. Então, eu acho essa medida necessária. Quem sabe, naquelas casas destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social, seja possível garantir um percentual que atenda à demanda de Cuiabá”, esclareceu Souza.

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A dona de casa Rosmeire Cebalho, moradora do Contorno Leste, na região do Coxipó, afirmou que precisa de uma casa com urgência, devido aos problemas de desocupação no local.

“Minha situação está muito difícil e preocupante e essa CST pode ser uma das saídas para eu conseguir adquirir a minha casa própria. Essas propostas são muito importantres, mas gostaria que saíssem do papel e fossem colocadas em prática logo”, frisou.

De acordo com o presidente da Federação Mato-grossense de Bairros, Walter Arruda, a discussão sobre a falta de moradias em Cuiabá se arrasta há muitos anos, tanto na Capital quanto no interior, sem que nada tenha sido resolvido.

“Na realidade, nós estamos implementando novos projetos para melhorar a qualidade de vida dos moradores dos bairros, especialmente dos bairros informais. Essa ferida urbana existente nos arredores das rodovias precisa acabar. Estamos lançando uma propositura, que trata da criação de loteamentos urbanizados por meio de uma lei que garante o direito à habitação”, disse.

Arruda esclareceu que a proposta garante assessoria técnica em habitação de interesse social, com apoio de profissionais de engenharia e arquitetura. “Além disso, nós temos que ter o acompanhamento para essas construções se formarem regulares. Então, a gente está contribuindo e muito com essa nova ação de fazer movimento social integrado aqui na Assembleia Legislativa”, falou ele.

Ele esclareceu que a proposta prevê assessoria técnica em habitação de interesse social, incluindo projetos de engenharia e arquitetura. “Além disso, é necessário acompanhamento para que essas construções sejam regularizadas. Estamos contribuindo, e muito, com essa nova ação de promover um movimento social integrado aqui na Assembleia Legislativa”, completou.

Fonte: ALMT – MT

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O Dia da Consciência Negra e o compromisso que precisamos assumir todos os dias

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O dia 20 de novembro não é apenas mais uma data no calendário. É um marco de memória, respeito e resistência. O Dia da Consciência Negra é um momento em que o Brasil é convidado a olhar para si mesmo e reconhecer a história, a dor e a grandeza do povo negro que ajudou a construir esta nação.

A trajetória do nosso país foi moldada pelo trabalho, pelo talento e pela resiliência da população negra. Foram mãos negras que levantaram cidades, ergueram economias, cultivaram saberes e alimentaram culturas. No entanto, essas mesmas mãos, por séculos, foram empurradas para a invisibilidade, para a exclusão e para a marginalização. Celebrar a Consciência Negra, portanto, é também denunciar essas injustiças e reafirmar que não podemos mais aceitá-las como parte natural da sociedade.

Falar de consciência é falar de igualdade real, aquela que vai além dos discursos. É reconhecer que ainda convivemos com desigualdades profundas, que se revelam na escolaridade, no acesso ao trabalho, na renda, nas oportunidades e, infelizmente, na violência que atinge a juventude negra de forma alarmante. Essas feridas continuam abertas e só serão curadas quando todos nós encararmos o racismo como um problema estrutural e tivermos coragem de enfrentá-lo.

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Como deputado estadual e o único parlamentar a se declarar negro nesta legislatura, compreendo a responsabilidade que carrego. A minha presença no Parlamento é simbólica, sim, mas não pode ser solitária. Represento milhões de homens e mulheres negras que buscam respeito, visibilidade e participação. Estar aqui é um compromisso com aqueles que vieram antes de mim e com os que ainda virão.

Mas a representatividade precisa ser ampliada. Precisamos ver mais pessoas negras ocupando espaços de poder, liderando instituições, decidindo políticas públicas e inspirando novas trajetórias. O Brasil só será verdadeiramente democrático quando suas instituições refletirem a diversidade que existe nas ruas, nas escolas e nas comunidades.

O Dia da Consciência Negra nos lembra que a luta de Zumbi dos Palmares, e de tantos outros que desafiaram a escravidão e a opressão, continua viva. Ela se renova quando um jovem negro conclui seus estudos, quando uma mãe negra conquista estabilidade para sua família, quando um empreendedor negro abre uma porta que antes estava fechada.

Por isso, reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por políticas inclusivas, pela valorização da cultura afro-brasileira, pelo combate firme ao racismo e por uma educação que liberte e transforme.

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Que este 20 de novembro nos inspire a construir um futuro onde a cor da pele não determine destino, e sim onde a diversidade seja reconhecida como parte fundamental da riqueza do nosso povo.

*Juca do Guaraná é deputado estadual por Mato Grosso.

Fonte: ALMT – MT

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